IDADE MÉDIA
A Idade Média é o longo período da história ocidental que se estendeu do século V ao XV. Os humanistas dos séculos XV e XVI chamavam-na de Idade das Trevas. Afirmavam que durante esse período ocorrera na Europa um retrocesso artístico, intelectual, filosófico e institucional, com a destruição dos valores da cultura greco-romana. Atualmente, entretanto, os historiadores reconhecem sua importância para o mundo contemporâneo. Afinal, por mais de mil anos, valores das sociedades antigas se mesclaram aos dos povos germânicos, dando origem às bases de uma sociedade que se expandiria, a partir do século XV, para diversas partes do mundo. Na Alta Idade Média, ao mesmo tempo em que a parte ocidental do Império Romano se fragmentava e a economia se ruralizava, o Império Romano do Oriente — ou Império Bizantino — atingia o apogeu. Enquanto isso, na Península Arábica, surgia o Islão, um Estado teocrático que em pouco tempo se expandiria por partes da Ásia, África e Europa. A força da nova sociedade tinha origem em Alá e nas pregações de Maomé — principais elos de união dos povos que vagavam nos desertos da Arábia. Devido à expansão, os árabes mantiveram intenso intercâmbio com o mundo europeu, influenciando de forma decisiva a cultura ocidental.
Considerando aspectos marcantes da história mundial, da Antiguidade aos Tempos Modernos, o Ocidente europeu medieval teve no feudalismo sua forma básica de organização social, fruto da convergência de influências romanas e germânicas, além do impacto de ondas invasoras que espalharam o medo e a insegurança na região. No sistema feudal, a terra era o bem econômico fundamental e seu proprietário, um nobre, detinha força política e ascendência social.
Na Europa medieval, era incontestável a posição de supremacia da Igreja Católica, fator determinante para a existência de uma cultura fortemente baseada no teocentrismo.
O declínio de Roma contrastou com o poderio de Constantinopla, que se transformou em grande centro comercial, político e cultural. O monoteísmo islâmico, centrado na crença em Alá, foi fundamental para a unidade política dos povos árabes.
Na Europa, os árabes foram decisivos para a preservação e a difusão da cultura clássica (greco-romana).
O ideal de guerra santa impulsionou a expansão islâmica a partir da qual foi possível a montagem de um império de grande extensão. Ao citar a expansão iniciada no século XV, o texto reporta-se a um cenário histórico de grandes transformações na Europa que deram início à denominada Idade Moderna.
Nascido na Itália e disseminado pela Europa Ocidental, o Renascimento foi um amplo movimento de renovação cultural. Em termos políticos, a prolongada crise do feudalismo foi acompanhada, na Idade Moderna, pelo surgimento dos Estados nacionais e pelo crescente fortalecimento do poder em mãos do rei.
A Península Ibérica foi pioneira no processo de expansão comercial e marítima européia que, entre outras conquistas, descobriu e colonizou o Novo Mundo (América).
José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti. Toda a história. São Paulo: Ática, 2001, p. 98 (com adaptações).
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