Os princípios iluministas estavam relacionados a uma necessidade e tendência da época. Corresponde uma
característica dos pensadores iluministas a expansão das atividades capitalistas através da igualdade jurídica.
As ideias pregadas pelas principais ideais do movimento iluminista no “século das luzes” O homem é produto do meio em que vive da sociedade e da educação.
Nas origens do Iluminismo, movimento intelectual do século
XVIII, encontra-se uma transformação mental ocorrida no século
XVII, que afirmava ser o homem o sujeito que representava a
realidade, seu objeto. Isso implicou a valorização do elemento fundamental desse sujeito do conhecimento: sua inteligência. O pensamento filosófico que melhor expressa tal tendência da época é o Racionalismo, de Descartes.
- Adam Smith (escocês), em sua obra A riqueza das nações, afirmava que a única fonte de riqueza era o trabalho, e não a terra.
- A ideia central da doutrina de Karl Marx (alemão) é que a “história das sociedades humanas é a história da luta de classes”.
- Thomas Malthus (inglês), em sua obra Ensaio sobre o princípio da população, escreveu que a natureza impõe limites ao progresso material, já que a população cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos aumenta em progressão aritmética.
Thomas Malthus e Adam Smith defendem o pensamento liberal clássico e Karl Marx foi um dos autores do socialismo científico.
Em meados do século XVIII, diversas monarquias europeias se modernizaram com base nos ideais iluministas para um programa de reformas que assegurasse uma administração mais racional e eficiente do Estado. Embora afirmassem agir em nome da “maior felicidade dos povos”, estes permaneciam excluídos da tomada de decisões políticas. Os soberanos reformadores concentraram seus esforços no desmantelamento de privilégios fiscais e no redimensionamento dos poderes eclesiásticos, como no caso de Frederico II na Prússia e de D. José I e de seu ministro Pombal em Portugal.
Os filósofos iluministas forneceram o tema da razão, da boa administração e da pública felicidade aos projetos absolutistas dos monarcas e o da liberdade à oposição anti absolutista.
O século XVIII europeu foi marcado pela crise do Antigo Regime” e pelo advento do Iluminismo - um movimento intelectual e político favorável ao uso da razão como forma de se alcançar a liberdade, a felicidade e o bem-estar social. Enquanto movimento intelectual, o Iluminismo pretendia divulgar o conhecimento até então produzido pela humanidade. Foi por isso que se produziu, entre 1751 e 1780, uma Enciclopédia (composta de 35 volumes). A ideia dos enciclopedistas era travar uma batalha permanente contra a ignorância e a favor da educação popular. Enquanto movimento político, o Iluminismo criticava as sociedades estamentais baseadas no Antigo Regime. Os “homens da ilustração” questionavam a influência política e cultural da Igreja, os privilégios da nobreza, a servidão no campo e a censura às chamadas ideias perigosas”.
No século XVIII, criou-se um projeto arquitetônico para as prisões chamado “pan-óptico”. O objetivo era transformar a ambiência do confinamento, distinguindo-a das masmorras do Antigo Regime. Tal como demonstra a imagem, o projeto estabelecia no centro uma torre com um vigia e, na periferia, uma construção em forma de anel. A construção periférica era dividida em celas para os presos, com duas janelas (uma interna ao anel e outra externa), que permitiam a luz atravessar a cela. Com essa disposição espacial, o pan-óptico expressava o ideal iluminista, na medida em que o controle sobre os indivíduos era exercido por meio da utilização da claridade para conferir visibilidade aos presos e às suas ações.
A Europa Ocidental vivenciou, entre os séculos XVI e XVIII, inúmeras transformações culturais, o Movimento Iluminista, no século XVIII, baseava-se no racionalismo e criticava os fundamentos do poder da igreja que apoiava os princípios do poder monárquico absoluto.
“A revolução francesa consigna-se desta maneira um lugar excepcional da história do mundo contemporâneo. Revolução burguesa clássica, ela constitui, para a abolição do regime senhorial e da feudalidade, o ponto de partida da sociedade capitalista e da democracia liberal na história da França”.
SOBOUL, Albert. A revolução francesa. São Paulo: DIFEL, 1985, p. 122.
A grande Revolução Francesa, como outras revoluções burguesas do século XVIII, refletiu as ideias dos filósofos iluministas. A crítica ao mercantilismo, à limitação ao direito à propriedade privada, ao absolutismo e à desigualdade de direitos e deveres entre os indivíduos.
A Enciclopédia proposta por homens iluministas como Diderot e D’Alembert foi criticada no contexto francês do final do século XVIII, porque nesse momento o absolutismo e razão significavam , maneiras de fazer política muito diversas. Para os racionalistas, a política absolutista deveria ser reestruturada ou revolucionada, pois os novos saberes deveriam vir das experiências e das novas ciências e não de Deus e seus emissários.
As ideias liberais refizeram reflexões e anunciaram novas perspectivas sociais. Um dos seus pensadores mais famosos, Locke, defendia a liberdade natural dos humanos, afirmando a necessidade da propriedade privada e combatendo o absolutismo.
Sobre o chamado despotismo esclarecido foi uma tentativa, mais ou menos bem sucedida, de algumas monarquias reformarem, sem alterá-las, as estruturas vigentes.
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