GOLPE CIVIL MILITAR DE 64


 O golpe de 1964, que deu início ao regime militar no Brasil e que foi chamado pelos militares de “revolução de 64”, pouco antes do Golpe Civil-Militar de 1964, o Congresso Nacional rejeitou a emenda constitucional que autorizava a desapropriação de terras sem prévia indenização (1963). Neste contexto, o movimento das Ligas Camponesas e a sindicalização dos trabalhadores rurais ganhavam mais ímpeto.

Teve entre seus objetivos destituir o governo de João Goulart, contando com o apoio do governo dos Estados Unidos e de parcelas da sociedade brasileira que apoiariam, dias antes, a Marcha da família com Deus pela liberdade organizada por setores conservadores da Igreja Católica.

João, mais conhecido como Jango, tinha ideologias de esquerda, e por ser considerado uma ameaça, foi acusado pelos militares de ser comunista.

Setores de trabalhadores rurais organizados, esquecidos pelo getulismo e sem ter seus pleitos atendidos pelos governos posteriores, optaram por iniciativas à margem da legalidade burguesa.

Durante o chamado Regime Militar (1964-1985), houve um momento que foi caracterizado como uma revolução dentro da revolução e representou o endurecimento definitivo do regime, com a passagem do poder político para a chamada comunidade de informações, isto é, aquelas figuras que estavam no comando dos órgãos de vigilância e repressão. O instrumento jurídico e institucional que representou tal virada foi o  AI-5.

Segundo o historiador Daniel Aarão Reis (REIS , Daniel A. Ditadura militar, esquerdas e sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,2000), após a aprovação da Lei de Anistia, aprovada em 1979, quando a sociedade brasileira teve a primeira oportunidade de exercitar a memória sobre o passado recente, houve algumas interessantes reconstruções históricas e verdadeiros deslocamentos de sentidos que se fi xaram na memória nacional como verdades irrefutáveis, A sociedade se reconfigurou como tendo se oposto sempre e maciçamente à ditadura, apagou-se da memória o amplo movimento de massas que, através das Marchas da Família com Deus e pela Liberdade, legitimou socialmente a instauração do regime.

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