Português
O Pavão
(Rubem Braga)
Eu considerei a glória
de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei
lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão.
Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se
fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei
que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo
de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a
simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo
que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus
olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
(www.releituras.com/rubembraga_pavao.asp. Acesso: 27/08/2013.)
Compreendendo o texto
Questão 1. O objetivo principal desse texto é: Relacionar o amor com a luz do amado.
Questão 2. No contexto em que ocorre, a palavra ostentando
significa: exibir.
Questão 3. De acordo com o texto, a “leitura” é uma tarefa
capaz de esclarecer sobre fatos da realidade.
Questão 4. Ao dizer que “o pavão é um arco-íris de plumas”, o
autor pretende mostrar que
o fenômeno que forma o
arco-íris é similar à formação das cores nas penas do pavão.
Questão 5. Estes
trecho, retirado do texto, apresenta uma opinião. “Eu
considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo
imperial”.
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