EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

 

A arte moderna brasileira foi constituída, no início do século XX, por uma identidade nacional em sintonia com as vanguardas europeias. O movimento ganhou destaque com a atuação de artistas modernistas, na Semana de 1922, que tinham por objetivo atingir a modernidade, com uma produção artística caracterizada sobretudo  por uma arte nacional própria, de qualidade visual reconhecida pelos grandes centros internacionais.

“[...] ao visitar inúmeras exposições de arte contemporânea, o público depara-se com as chamadas ‘instalações’, uma prática artística cuja denominação nasceu nos anos 1970 e que virou um verdadeiro gênero, às vezes inquestionável devido a tantas manipulações. Dar à instalação uma definição prévia é quase impossível, porque, como todas as práticas plásticas, ela se situa no lugar de convergência de várias dimensões históricas e críticas que a tangenciam.” (HUCHET, 2006. p.17) Stéphane Huchet propõe em seu texto uma reflexão acerca das instalações como uma prática artística da arte contemporânea. Mesmo sendo difícil sugerir um sentido para essa prática, Huchet (2006) propõe uma definição para essa ação, como sendo um  dispositivo plástico de objetos, de elementos multimídia ou não, investindo os recursos de um dado espaço tridimensional, muitas vezes, o chão.

“A organização do ensino artístico de grau superior antecedeu de muitos anos sua organização a nível primário e secundário, refletindo uma tendência geral da Educação Brasileira, envolvida desde o início do século XIX na preocupação prioritária com o ensino superior, antes mesmo de termos organizado o ensino primário e secundário. [...] as primeiras instituições de ensino superior foram as escolas militares, os cursos médicos e a Academia Imperial de Belas-Artes durante o Reinado.” (BARBOSA, 2009. p.15) Sobre a Academia Imperial de Belas-Artes, a Academia era regida pelas características de ensino artístico neoclássico e servia à conservação de poder do Reinado e do Império.

Com a proclamação da República foi reiterado o preconceito contra o ensino de arte, tendo a Academia de Belas-Artes servido de adorno ao Reinado e Império.  Durante o Império, a Academia atendeu a necessidade de formação de uma elite, movimentando culturalmente a Corte.

Atualmente, o ensino de arte valoriza e contempla a diversidade de manifestações artísticas e expressivas presentes no mundo contemporâneo. Dentre essas manifestações e expressões, pode-se destacar a produção de Histórias em Quadrinhos (HQ) como meio para se construir conhecimento em arte. Sobre a importância da HQ para o ensino/aprendizagem em arte, o conhecimento em arte pode ser construído por meio das HQ, a partir do estudo de vários elementos visuais que compõem uma obra como linha, superfície, luz, profundidade, cor, textura, volume e conceitos artísticos que envolvem o fazer, contextualizar e fruir da arte.  

O PCN e a LDB nº 9.394/96 justificam a utilização da HQ no ensino de arte pela familiarização com os quadrinhos, a junção de imagem e texto que auxiliam no aprendizado, no caráter elíptico e na facilidade de utilização em vários níveis escolares.  As HQ motivam os estudantes para os conteúdos das aulas, estimulando a curiosidade e desafiando o senso crítico dos alunos frente às questões sociais, instigando-os a articular conceitos e demais conteúdos da área de Arte.  As relações entre texto e palavra nas HQ aumentam as possibilidades plásticas e estéticas, sendo estas utilizadas de forma recorrente nas artes, desde o século XX, e é uma característica que se mantém no ambiente contemporâneo.

Um dos principais objetivos de uma cena teatral é comunicar mensagens ou ideias. Sobre os elementos fundamentais para uma boa improvisação cênica, ficar atento à dinâmica e ao uso do tempo, fluindo naturalmente como em conversação real.  Investir na projeção vocal, mas falar naturalmente, usar expressão corporal e espaço devidamente.

O movimento criativo em dança permite o desenvolvimento de uma série de habilidades para que o indivíduo possa se expressar corporalmente. Dentre os elementos básicos para o movimento criativo, pode-se desenvolver o ritmo corporal, que é caracterizado  pelo pulso ou a marcação de tempo para cada movimento corporal, seja ele rápido, andante ou percussivo.

A técnica da gravura que utiliza a madeira como matriz, muito empregada nas impressões dos poemas ilustrados da literatura de Cordel, é conhecida como xilogravura.

O verso ou conjunto de versos repetidos em composições musicais, com intervalos regulares, é conhecido como  refrão.

“Por metodologia entende-se a construção, por parte do professor, de propostas de aulas e ações a partir do conhecimento dos fundamentos ou premissas de métodos, propostas ou abordagens divulgadas. Assim os métodos estão à disposição de todos, mas a metodologia é criada por cada professor a cada proposta de trabalho nas aulas de Arte ou em ações que integrem o componente arte. Um professor limitado aplica métodos de ensino que podem ser de autoria ou de outrem. Um professor dinâmico e atuante cria metodologias que enriquecem tanto as suas aulas quanto a si mesmo, enquanto docente artista. É nesse sentido que a Abordagem Triangular – sistematizada por Ana Mae Barbosa na década de 1980 – vem contribuindo para a Arte/Educação e Ensino de Arte: não é um método a ser aplicado, mas uma proposta a ser estudada e pensada artisticamente.” (PIMENTEL, 2010. p. 212). 

 

1. Contextualizar - estabelecer relações e discutir os elementos que circundam, em vários níveis possíveis, a concepção histórica e artística dos objetos de arte e a relação desses elementos em nossa contemporaneidade

2. Fazer -  Experimento da construção artística por meio da prática do educando a partir de materiais e experiências que adquirem significado dentro de um contexto, despertando um conjunto de habilidades, competências e reflexão crítica sobre o fazer artístico.

 3. Fruir. -  Propicia uma outra percepção do objeto artístico a partir da apreciação, contribuindo para a ampliação do olhar discriminador e igualmente questionador dos educandos.

A arte presente em museus e acervos públicos, ou ainda aquelas obras produzidas por artistas fora dos espaços tradicionalmente dedicados a elas, como as galerias, e que ocupam as ruas e praças das cidades são conhecidas como arte  pública. 

A temática que envolve a produção artesanal do Brasil é bem extensa e variada. Dentre essas obras temos a produção de esculturas feitas em madeira, com características de forma humana ou animal, utilizadas em princípio na proa das embarcações que navegam pelo rio São Francisco. Sua inspiração é mitológica e sua função é espantar os maus espíritos que assombram as navegações do São Francisco. Esse tipo de escultura é popularmente conhecida como carranca.  

Atualmente no processo de ensino/aprendizagem em arte, temos que considerar “[...] também as pesquisas que estão sendo feitas sobre o uso de tecnologias contemporâneas na produção de material didático-pedagógico para o ensino de arte.” (PIMENTEL, 2010. p. 221). Sobre o uso da tecnologia no ensino da arte, a web se mostra como um importante instrumento para o conhecimento em arte diante das possibilidades de democratização e divulgação da informação, ou mesmo, de criação e interação.  Atualmente as pesquisas em ensino de arte apontam para a possibilidade de utilização de jogos eletrônicos como material didático para as aulas de arte.