Língua Portuguesa


BEBETECA: LUGAR DE PEQUENOS LEITORES.

Mesmo antes de saber falar, sentar ou segurar um livro, os bebês podem e devem ter histórias em sua rotina.

Todo mundo sabe que ler é um hábito que se adquire ao longo da vida e que deve começar cedo. Quantas pessoas não têm gravada na memória uma bela história dos primeiros contatos com os livros? O escritor João Ubaldo Ribeiro conta na crônica Memórias de Livros que, desde muito pequeno, convivia com as obras espalhadas por sua casa: “A ponto de passar tempos enormes com um deles aberto no colo, fingindo que estava lendo e, na verdade, se não me trai a vã memória, de certa forma lendo, porque quando havia figuras, eu inventava as histórias que elas ilustravam e, ao olhar para as letras, tinha a sensação de que entendia nelas o que inventara.” Na autobiografia As Palavras, o filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) revela que a hora da leitura tinha o cheiro de sua mãe, sabão e água de colônia. Sentado numa pequena cadeira de frente para ela, o garoto entrava num universo de fadas, bruxas e criaturas esquisitas. Até algum tempo atrás, acreditava-se que as crianças só começavam a desenvolver a capacidade de representação do mundo por volta dos 2 anos de idade. Hoje, ninguém mais duvida de que, quanto mais cedo a leitura for introduzida na vida dos pequenos, melhor, pois isso faz com que eles aumentem o vocabulário e passem a se expressar melhor. Quando o bebê ouve uma história e tenta repetir as palavras, desenvolve as linguagens oral e escrita, mesmo que ainda não saiba falar ou ler, como descreve João Ubaldo Ribeiro. Ler para as turmas de creche e pré-escola requer rotina, muitos livros e um espaço planejado. No Centro Municipal de Educação Infantil Cavalinho de Pau, em Castro, a 160 quilômetros de Curitiba, há um espaço especialmente montado para os bebês: a bebeteca. O diferencial está no acervo, voltado para a faixa dos menores de 3 anos, e na disposição de outros recursos adicionais, como fantoches e móbiles. FARIA, Fabiana. Nova escola, ano XXII, n. 206, p. 114/116, out. 2007 (com adaptações).


                                                           Compreendendo o texto


01. No fragmento “pois isso faz com que eles aumentem o vocabulário” (L.17/18), a palavra em negrito introduz uma relação de:   explicação

02. A forma verbal composta equivalente à forma verbal simples destacada em “o que inventara” (L.9/10) é:  tinha inventado  

03. No fragmento “se não me trai a vã memória” (L. 7), a palavra em negrito pode ser substituída, sem que haja alteração de sentido, por:  enganadora  

04. A palavra que faz o plural da mesma forma que “sensação” (L.9) é:  questão

05.A palavra “história” (L.3) é acentuada pela mesma razão que:  mágoa

06. Leia: “Quando o bebê ouve uma história e tenta repetir as palavras, desenvolve as linguagens oral e escrita, mesmo que ainda não saiba falar ou ler, como descreve João Ubaldo Ribeiro.” (L.19/21). A expressão em negrito pode ser adequadamente substituída por:  embora   

07. No fragmento “Ler para as turmas de creche e pré-escola requer rotina, muitos livros e um espaço” (L. 22/23), o termo destacado apresenta a mesma função sintática do que está negritado em:    “faz com que eles aumentem o vocabulário” (L.17/18)

 08. No primeiro parágrafo, as aspas são empregadas para indicar:  uma citação  

09. No fragmento “ler é um hábito que se adquire ao longo da vida” (L.1), pode-se substituir adequadamente a palavra em negrito por:   o qual  


10. Em “tinha a sensação de que entendia nelas o que inventara ” (L.9/10), a palavra destacada refere-se a:   letras 

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